sábado, 11 de outubro de 2008

O custo da felicidade

A perfeição com que as coisas nos são proporcionadas em nossa vida é uma dádiva e algo digno de uma grande obra de arte em que o artista não poderia ser outro senão o próprio Deus, temos todo o tempo do mundo para escolhermos os nossos caminhos, mesmo diante das tragédias e alegrias ainda assim as escolhas são nossas e Ele nos proporciona até a oportunidade de brincarmos com algumas delas, desde que a idade nos permita, porém o tempo vai passando e as decisões vão sendo tomadas, as escolhas vão sendo feitas e sem que possamos dar conta de quantas decisões já tomamos, quando menos esperamos nos deparamos com um grande emaranhado que se tornou nossa vida seja através dos élos e até da distância que nos encontramos de algumas pessoas, todo este conjunto de situações compõem e ou é fruto das decisões que tomamos no percurso de nossa vida, mudar esse caminho no entanto nos custa muito, não em termos financeiros tão somente, mas sobretudo nas mudanças que uma decisão poderá provocar na vida de outras pessoas que hoje fazem parte da sua vida, queira você ou não, sua escolha não é mais só sua, você não pode mais tratar a escolha de agora como antes em que tudo era um teste, ou parecia ser um jogo muito divertido. Hoje posso perceber que a gratuidade da vida é proporcional as escolhas que fazemos, elas nos são gratuitas porém uma vez de posse dessas escolhas o custo para mudá-las pode ser incalculável. Ser feliz não nos custa nada, desde que saibamos escolher, do contrário ... Seja como for, certas ou erradas, se é que podemos julgar cada uma delas, temos que reconhecer, foram elas que nos trouxeram onde nos encontramos hoje, com todos os erros e acertos.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Política e democracia

Durante todo o mês de setembro procurei observar o fervor do efeito eleições municipais, é interessante, fazendo uma auto reflexão sobre o comportamento que outrora já tivemos em relação a este momento, pude perceber que infelizmente o que deveria existir para unir as pessoas, acaba se tornando num momento de divisão, candidatos e simpatizantes isolados muitas vezes por linhas que demarcam o espaço de cada um quando este momento deveria ser para unirem as pessoas em torno de um objetivo comum, o meio ambiente, porque no final é nele que tudo se converge, cada decisão, cada ação. Tudo bem que isso talvez possa parecer uma utopia, mas que bom seria se houvesse nesse período um espaço verdadeiramente democrático onde fosse avaliado e considerado somente propostas e todos que tivessem interesse de participar deste processo pudessem fazê-lo sem que a força do poder econômico e até mesmo do Estado interferissem e as pessoas tivessem a liberdade de escolha sem as pressões impostas por estas instâncias de poder que muito pior ficam quando estão do mesmo lado o poder econômico com também o poder do Estado, o resultado disso está escrito na história da humanidade pra quem quiser ver, os mais fracos sempre ficarão desfavorecidos com este modelo de política, porque inevitavelmente irá beneficiar os interesses daqueles que detém estas esferas de poder. Fazer uma leitura, abstendo-se desses interesses que muitas vezes também são os interesses de muitos que, sem perceberem também defendem seus interesses, seja por questões de vinculo profissional ou até mesmo particulares, fato é que acabamos, nós também, agindo como aqueles que estão no poder e no fim, sem perceber, se é que não tem como perceber, estamos nós também olhando somente para nosso próprio humbigo, esquecendo muitas vezes que além dos nossos interesses, além das porteiras de uma empresa, existe, como disse, o meio ambiente, que é antes de tudo quem deveria ser considerado, e este não tem dono, não pode ter, precisa sim de ser respeitado em nome da nossa e das futuras gerações. E é por conta sobretudo destas futuras gerações que precisamos que este processo seja verdadeiramente democrático, onde todos possam expressar sua opinião e concorrer com igualdade de direitos mesmo sobre aqueles que possuem demasiado poder econômico. Hoje mim sinto morando num Estado que tem dono, numa cidade que tem dono e eu não tenho voz e nem vez, não é isso que desejo para as próximas gerações, é preciso alternar o poder político, já que o econômico é privado e nem todos tem acesso e condições de concorrer de forma igualitária. Ao menos o poder do Estado deve pertencer ao povo e não aos interesses econômicos de uma minoria dominante.
Não é demais relembrar que meio ambiente é o reflexo de políticas públicas e seu efeito está presente em tudo que nos cerca e esta visão holística não pode ser limita por medo ou ideologias, do contrário não estaremos exercendo uma democracia verdadeira e sim agindo sob uma força autoritária da união de poderes disfarçada de democracia.